domingo, 11 de dezembro de 2011

Mar de gente - São Paulo - Episódio I

Na última semana, estive em São Paulo fazendo um curso pelo trabalho. Foi uma semana de intensas experiências profissionais e pessoais.


Fomos três pessoas, eu e Dani fomos no domingo, o Pedro já estava lá. Hoje vou dividir com vocês a nossa primeira experiência.

Preciso dizer que fomos alertados por mil e duas pessoas de que São Paulo era uma selva:

- Cuidado com a bolsa! Não levem notebook! Atender celular na rua nem pensar! Você vai levar o IPhone? Vai ficar sem... Não andem com mais de um cartão de crédito na rua! Cuidado com o dinheiro!...terror e pânico!

Fomos com esse espírito!
Voltando...

Confesso que não gosto muito de voar, fico sempre um pouco tensa. O vôo foi tranqüilo, mereceu um susto meu e uma risada da Dani. Ainda fiz um comentário: “Se pra Deus abrir o mar pra Moisés foi moleza, segurar o avião no ar pra mim, vai ser fácil!”

Já no aeroporto, pedimos um táxi de cooperativa, daqueles pré-pagos, confiantes de que seria mais seguro.

Era um domingo "festivo" e, São Paulo, final do Campeonato Brasileiro com o Corinthians campeão. Nosso hotel ficava na Paulista, que por sua vez estava cheia de pessoas comemorando o título.

Tivemos o azar ou sorte (assim tenho o que contar...), de pegar um taxista mau-humoradíssimo. Reclamou de tudo e todos:

- Hoje tão inaugurando a porcaria de uma árvore de Natal, essa droga desse campeonato...e por aí ia.
Chegando próximo à Paulista, o cruzamento que nos levaria ao hotel estava bloqueado pela PM, ele imediatamente disse que teríamos de descer ali mesmo. Não acreditei, e pedi que ele pegasse outro caminho, respondeu que não dava. Oferecemos pagar a mais e ele fazer outro caminho. Nada feito. Irredutível e quase descontrolado, o taxista disse que não iria de jeito nenhum e que teríamos de ficar.

Pedi então, que ao menos voltasse e nos deixasse próximas a uma lanchonete, enfim, na rua é que não dava pra ficar!

Perplexas com tamanho absurdo, lembrando de tudo que nos foi alertado, nos vimos entre a cruz e a calderinha, ficar com um estúpido no táxi ou descer e nos abrigar em uma das lanchonetes próximas. Ficamos com a última opção, descemos e entramos no Habibs.

Imaginem a cena: um monte de gente na rua comemorando:

- Timão! Timão! Timão!

Fogos de artifício, bandeiras, carros buzinando e duas doidas de malas e bolsas no meio! Eu de bolsa, mala, mochila do notebook e me sentindo no Banco Imobiliário, era a Paulista!!! A Dani com uma mala enorme (de verdade, muito útil), de salto e etc... Crise de riso inevitável! Da minha parte...
Infelizmente, um monte de PMs na rua (me senti no Polícia 24 hr da Band!) não nos trouxe a segurança pretendida, até porque as estatísticas sobre a PM paulista logo nos vieram à mente!
Ligamos pro Pedro, que já estava no hotel, que gentilmente foi nos buscar. Pegou logo minha mochila e a mala da Dani e seguimos para o hotel. Ali ele iniciava a conquista do título de Santo Pedro!
Na verdade, estávamos realmente muito próximos, mas tínhamos de atravessar o “mar de corintianos” que estava na Paulista!
Vencemos a torcida e chegamos inteiras no hotel!
Chocadas com a falta de profissionalismo do taxista, felizes com o cuidado do Pedro e aliviadas por chegarmos ao hotel! Ufa! O mar que Deus tinha de abrir era o de gente!

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