Estava aqui tentando
estudar para uma prova e lembrei de umas pregações que tenho escritas e resolvi
adaptar algumas e partilhar com vocês, meus 02 leitores (meu marido e minha
sogra, é que meus pais não usam computador!)
Essa fala de família
como projeto original de Deus, mas era muito grande e resolvi dividi-la, vou
postar só a parte que fala do casal. Não sou “doutora” no assunto, mas há algum
sentido no que digo, há alguma inspiração! Boa leitura!
Deus ao criar o mundo
projetou para os homens a família, primeira
comunidade.
Um projeto nasce
primeiro no campo das ideias. Tal qual um projeto arquitetônico que depois
origina uma planta e por fim a obra. Deus criou o homem para viver em
comunidade e a primeira comunidade é a família. Não são os amigos da Igreja,
escola ou da balada, mas a família – em
qualquer formato – avós, tios, irmãos.
E esse é o
projeto de Deus, que o homem constitua família e se multiplique.
O projeto
de Deus vem sendo bombardeado por todos os lados. A mídia – novelas, revistas,
filmes – revelam o casamento com algo fugaz. Descartável. Nenhum esforço para
manter a relação é válido.
Perdoar
passou a ser patético. Sinônimo de
fraqueza e a vingança tornou-se o caminho, onde o que faz sofrer torna-se
superior ao sofredor. Como se fazer sofrer não trouxesse também pra si uma
grande dor. Oposto de Cristo que morreu, morte de cruz, por todos nós.
Suprime-se a fase do namoro,
quando os casais deveriam se conhecer, e a relação sexual passa a ser o centro
da relação. Quando se casa, aí o sexo vira detalhe. Fato. Há coisas muito mais
importantes. A fase de conhecimento que deveria ter sido vivida no namoro é
vivida no casamento. E é onde, muitas vezes, o projeto do inimigo prevalece
destruindo famílias.
O casamento passa a ser
uma disputa e não uma aliança com somatório de forças. A divisão ocupa o lugar
da soma. O importante passa a ser ter razão. Cada um querendo que suas ideias e
desejos prevaleçam sobre o do companheiro. Ceder tornou-se muito ruim, outra
fraqueza. Ridículo. Motivo de piada.
Na verdade, não há
fraqueza em perdoar ou em ceder, mas há amor. Onde há amor verdadeiro não há desequilíbrio. Um sendo para o outro suporte. Apoiando. Amando. Insistindo. Acima de tudo, sendo grandes amigos.
Agir assim só é
possível tendo o autor do projeto conduzindo a obra. Quem constrói uma casa sem
a devida assistência do arquiteto ou do engenheiro? Como edificar um lar sem
seu grande Autor? Refazendo-nos a cada erro, levantando-nos a cada queda...tendo a plena certeza de que o outro é sinal do amor de Deus por nós!
Confesso não ser muito fã de vaidades.
Unha, cabelo, maquiagem...nossa que preguiça disso tudo! Sinto-me aprisionada
por essas regras, especialmente depois que os meus cabelos brancos só se
permitem ficar escondidos por rasos quinze dias.
Martírio! Salão de beleza quinzenalmente!
E assim tudo começou, pura
preguiça.
Passei 15 dias sem ir, depois
viraram 30, depois 60 e hoje 90 dias. Resultado muitos fios brancos à mostra.
Decidi assumi-los. Parei de
escová-los e assumi também meus cachos mal ajambrados.
E por que não?
É bem verdade que às vezes me
assusto com o resultado, da mesma forma que anseio por saber exatamente como eu
sou. Tudo muito antagônico: aparelho nos dentes, algumas espinhas e cabelos brancos!
Desde os 18 anos quando os
primeiros fios brancos apareceram me tornei refém da tinta. Anos de Wellatons,
Kollestons e etc etc etc...e no bonde tratamentos, xampus, cremes, tinta
estraga o cabelo!
O fato é que não sei como sou.
Desconheço a minha real aparência.
E junto com essa mais nova
novidade, o que mais quero dividir com vocês (se é que alguém lê esse blogue)
são as reações das pessoas. Algumas divertidas e outras tristes:
- Chris, toma esses R$ 10,00
para a vaquinha?
- Que vaquinha?
- Pra comprar a tinta do cabelo!
E outra:
- Não! Todo mundo sabe que eu
sou mais velha que você! Pinta depressa!!!
E mais outra:
- Doutora, pinte os cabelos! Escove-os!
Seu marido é novo, bonito! A sra. tem que se cuidar!
Quando contei essa última pro
Elias, ele pediu que eu respondesse que estava testando o amor dele por mim. É mole?
Interessante que por aqui
podemos ter cabelos rosa, vermelho e até multicor. Há negras e japonesas de
cabelo loiro, brancas de cabelo vermelho, velhas de cabelos muito pretos. Quem
liga? Ninguém!
Mas quando uma mulher assume
seus fios brancos é como se assumisse sua fraqueza, seu declínio. O grande
problema não é estético, é antropológico. Não se pode envelhecer. É proibido
envelhecer!
O velho é ruim, deve ser
descartado. Vivemos numa cultura onde o velho deve, ao menos, parecer jovem.
E essa regra é machista, os
homens podem assumir seus brancos, tornam-se charmosos, mas como que para
compensar, alguns tornam-se eternos adolescentes. As mulheres ao contrário,
estão condenadas a esconder sua verdade, submetendo-se à cruel indústria da
aparência.
Christine Lagarde, diretora do
FMI, optou pelos cabelos brancos, pelo que andei lendo por lá, na Europa, isso
não é nenhuma novidade e é plenamente aceitável. Não que alguma outra característica dela seja digna da minha admiração. Valendo-me do Kid de Abelha,
que a propósito, a Paula Toller nunca envelheceu nem 06 meses, por que não eu? Porque
não posso ter cabelos brancos?
Posso e não só posso como quero!
Quero libertar-me da ditadura do
novo, da ditadura da tinta, da ditadura da estética.
Acostumem-se, até que EU e
somente EU decida de outra forma, meus cabelos ficarão prateados e a não ser
seu comentário seja bem divertido e me faça rir, guarde seu preconceito para
você!