quinta-feira, 19 de julho de 2012

Da série Pérolas de Maria Elisa

Hoje fui do trabalho direto para a Igreja. 
Chegando lá Maria não se aquietava e eu chamei atenção!
Acabada a reunião viemos para casa e surpresa! Um lindo cacho de bananas na fruteira:
- Eita, filha! Quem comprou banana?
- Mãe, meu vô veio aqui hoje almoçar com a gente e trouxe.
- Que legal, filha! E porque você não me contou?
- Ué, você mandou eu não falar na Igreja!


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Família: o Projeto Original de Deus



Estava aqui tentando estudar para uma prova e lembrei de umas pregações que tenho escritas e resolvi adaptar algumas e partilhar com vocês, meus 02 leitores (meu marido e minha sogra, é que meus pais não usam computador!)
Essa fala de família como projeto original de Deus, mas era muito grande e resolvi dividi-la, vou postar só a parte que fala do casal. Não sou “doutora” no assunto, mas há algum sentido no que digo, há alguma inspiração! Boa leitura!
Deus ao criar o mundo projetou para os homens a família, primeira comunidade.
Um projeto nasce primeiro no campo das ideias. Tal qual um projeto arquitetônico que depois origina uma planta e por fim a obra. Deus criou o homem para viver em comunidade e a primeira comunidade é a família. Não são os amigos da Igreja, escola ou da balada, mas a família – em qualquer formato – avós, tios, irmãos.
E esse é o projeto de Deus, que o homem constitua família e se multiplique.
O projeto de Deus vem sendo bombardeado por todos os lados. A mídia – novelas, revistas, filmes – revelam o casamento com algo fugaz. Descartável. Nenhum esforço para manter a relação é válido.
Perdoar passou a ser patético. Sinônimo de fraqueza e a vingança tornou-se o caminho, onde o que faz sofrer torna-se superior ao sofredor. Como se fazer sofrer não trouxesse também pra si uma grande dor. Oposto de Cristo que morreu, morte de cruz, por todos nós.
Suprime-se a fase do namoro, quando os casais deveriam se conhecer, e a relação sexual passa a ser o centro da relação. Quando se casa, aí o sexo vira detalhe. Fato. Há coisas muito mais importantes. A fase de conhecimento que deveria ter sido vivida no namoro é vivida no casamento. E é onde, muitas vezes, o projeto do inimigo prevalece destruindo famílias.
O casamento passa a ser uma disputa e não uma aliança com somatório de forças. A divisão ocupa o lugar da soma. O importante passa a ser ter razão. Cada um querendo que suas ideias e desejos prevaleçam sobre o do companheiro. Ceder tornou-se muito ruim, outra fraqueza. Ridículo. Motivo de piada.
Na verdade, não há fraqueza em perdoar ou em ceder, mas há amor. Onde há amor verdadeiro não há desequilíbrio. Um sendo para o outro suporte. Apoiando. Amando. Insistindo. Acima de tudo, sendo grandes amigos.
Agir assim só é possível tendo o autor do projeto conduzindo a obra. Quem constrói uma casa sem a devida assistência do arquiteto ou do engenheiro? Como edificar um lar sem seu grande Autor? Refazendo-nos a cada erro, levantando-nos a cada queda...tendo a plena certeza de que o outro é sinal do amor de Deus por nós! 


domingo, 1 de julho de 2012

Cabelo branco


Confesso não ser muito fã de vaidades. Unha, cabelo, maquiagem...nossa que preguiça disso tudo! Sinto-me aprisionada por essas regras, especialmente depois que os meus cabelos brancos só se permitem ficar escondidos por rasos quinze dias.
Martírio! Salão de beleza quinzenalmente!
E assim tudo começou, pura preguiça.
Passei 15 dias sem ir, depois viraram 30, depois 60 e hoje 90 dias. Resultado muitos fios brancos à mostra.
Decidi assumi-los. Parei de escová-los e assumi também meus cachos mal ajambrados.
E por que não?
É bem verdade que às vezes me assusto com o resultado, da mesma forma que anseio por saber exatamente como eu sou. Tudo muito antagônico: aparelho nos dentes, algumas espinhas e cabelos brancos!
Desde os 18 anos quando os primeiros fios brancos apareceram me tornei refém da tinta. Anos de Wellatons, Kollestons e etc etc etc...e no bonde tratamentos, xampus, cremes, tinta estraga o cabelo!
O fato é que não sei como sou. Desconheço a minha real aparência.
E junto com essa mais nova novidade, o que mais quero dividir com vocês (se é que alguém lê esse blogue) são as reações das pessoas. Algumas divertidas e outras tristes:
- Chris, toma esses R$ 10,00 para a vaquinha?
- Que vaquinha?
- Pra comprar a tinta do cabelo!
E outra:
- Não! Todo mundo sabe que eu sou mais velha que você! Pinta depressa!!!
E mais outra:
- Doutora, pinte os cabelos! Escove-os! Seu marido é novo, bonito! A sra. tem que se cuidar!
Quando contei essa última pro Elias, ele pediu que eu respondesse que estava testando o amor dele por mim. É mole?
Interessante que por aqui podemos ter cabelos rosa, vermelho e até multicor. Há negras e japonesas de cabelo loiro, brancas de cabelo vermelho, velhas de cabelos muito pretos. Quem liga? Ninguém!
Mas quando uma mulher assume seus fios brancos é como se assumisse sua fraqueza, seu declínio. O grande problema não é estético, é antropológico. Não se pode envelhecer. É proibido envelhecer!
O velho é ruim, deve ser descartado. Vivemos numa cultura onde o velho deve, ao menos, parecer jovem.
E essa regra é machista, os homens podem assumir seus brancos, tornam-se charmosos, mas como que para compensar, alguns tornam-se eternos adolescentes. As mulheres ao contrário, estão condenadas a esconder sua verdade, submetendo-se à cruel indústria da aparência.
Christine Lagarde, diretora do FMI, optou pelos cabelos brancos, pelo que andei lendo por lá, na Europa, isso não é nenhuma novidade e é plenamente aceitável. Não que alguma outra característica dela seja digna da minha admiração. Valendo-me do Kid de Abelha, que a propósito, a Paula Toller nunca envelheceu nem 06 meses, por que não eu? Porque não posso ter cabelos brancos?
Posso e não só posso como quero!
Quero libertar-me da ditadura do novo, da ditadura da tinta, da ditadura da estética.
Acostumem-se, até que EU e somente EU decida de outra forma, meus cabelos ficarão prateados e a não ser seu comentário seja bem divertido e me faça rir, guarde seu preconceito para você!