sábado, 21 de setembro de 2013

O que dizer no seu aniversário?

Percebi que não tenho muito a dizer, Filho. 
Não tenho porque sempre digo.  
Mas o que faço de melhor é dizer, como agora não dizer?
Na verdade o que não há é novidade no que vou dizer.
Coloco então todo o meu coração na ponta dos dedos e digo. 
Digo que: 
a minha vida se fez melhor com você
sem você não tem graça
com você rio mais
você enche a casa 
enche o meu coração
me alegro ao vê-lo cantando, ministrando música, servindo a Deus
me orgulho da sua autenticidade, simplicidade
vibro quando vou me apresentar e logo todos dizem "mãe do Bruno"
você é um excelente músico
é um grande amigo
é muito inteligente e sensível
Que não são só qualidades, 
há defeitos 
não preciso nominá-los, esses você conhece melhor que ninguém
mas que estou com você pro que der e vier,
em cada conflito, cada tristeza, cada saudade...meu colo é seu, sempre e pra sempre. 
Peço também perdão. Releve. 
Releve a crueza e torpeza da sua mãe. 
Perdoe cada 
grito
castigo
palmada
solidão 
insegurança
mau exemplo.
Atrevo-me a dizer como São Paulo "Porque não faço o bem que quero , mas o mal que não quero esse faço" (Romanos 7:19)
Desejo a você que
Deus te abençoe e te guarde e te dê a paz
Maria sempre contigo
Jesus seu melhor amigo
muito amor
família
saúde
amizade
pipoca
filmes 
música
brigadeiro de panela
rabada
bife
arroz com linguiça
feijão com bacon
Porque são coisas simples que nos fazem felizes!
Eu te amo muito mais que muito!
Feliz aniversário!

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Sobre ser mãe...

Sei que meus cinco leitores (Leilinha, vc ainda tá aí?) sabem da minha vida, mas como boa chata, vou repetir.
Tive meu primeiro filho aos 20 anos, o Bruno Henrique, a segunda aos 31, Maria Elisa, e o terceiro, Samuel agora (ninguém quer saber minha idade, né?). Cada um com suas delícias e suas dores.
A verdade é que ninguém me contou quando tive a Maria que tememos não amar o segundo filho do tanto que amamos o primeiro, temia isso todos os dias da minha gravidez, porque, afinal, o Bruno é o Bruno. A culpa consumia. Bobagem! A gente ama mesmo! É como se o coração se duplicasse. Aí quando veio o Samuel, pensei que como sou veterana, vai ser fácil! Mais um engano. O amor é o mesmo, mas a culpa duplica, opa, triplica!
Você ter feito uma cesárea (droga!) e ter um RN exige quase dedicação exclusiva, falta tempo e muitas vezes disposição pra dar atenção e carinho pra todo mundo! No começo foi um caos! Foi enlouquecedor...Ciúmes, insegurança, medo...
E os palpites? Muitos. Desde "comoassimnãovaidarchupeta" até "põeumafitavermelhanatestaqueparadesoluçar!"
E quando acham um absurdo você deixar os irmão pegarem no bebê, brincarem, apertarem, "sovarem"?
Mais a melhor, ah! A melhor é quando estranham o bebê estar só no peito. Alô! Somos MAMÍFEROS! Daí vem as pérolas:
- Nossa, mas não sustenta!
- Não mesmo, ele tá gordinho porque faz fotossíntese!
-Três filhos? Nossa você ligou né?
-Liguei pra quem minha filha! Meu telefone é pré-pago e nem crédito tem!
E seguem...
-O pai ajuda, né?
-Não, ele não ajuda, ele me abandonou quando soube da terceira gravidez.
E não se resume a isso:
-Você deixou o Bruno fazer dread?
-Não, não...eu nem sei, ele acorda todos os dias coloca um saco de pão na cabeça!
Impressionante como sempre alguém tem uma receita ou uma dica de como você ser uma mãe melhor, mesmo que nem te conheça. Aliás, principalmente se não me conhece!
Nos dias que estou de bom humor é legal, me rendem boas risadas.
O fato é que aos sermos pais sempre fazemos o nosso melhor, às vezes errando, às vezes acertando, mas fazendo o nosso melhor. E assim tem sido aqui em casa, pra eles o meu melhor, o  meu coração inteiro e nele "cabem três vidas inteiras, cabe uma penteadeira..."
Iche! Penteadeira pra quê? Aqui ninguém usa pente! Lá vem mais palpites...