sexta-feira, 26 de maio de 2017

Grávida

Sim. Estou grávida. Anuncio só agora, quase na hora de parir. Foi uma gestação silenciosa. É que gestar um livro não carece grandes anúncios.

Tudo começou em uma tarde de sábado. Era agosto de 2016, dia do almoço de aniversário da Luana, minha afilhada de Crisma, ela fazia 18 anos. Mas eu não fiquei na festa. Era também dia de culminância de um projeto literário da Escola Pedacinho do Céu da Asa Norte e uma turma fez um trabalho fantástico com o “Júlio, um dinossauro muito especial”, meu primeiro livro (http://chrisdequintino.blogspot.com.br/2017/04/o-dia-em-que-nasci-escritora.html). O evento era grande, haviam várias atividades, o que me rendeu algum tempo livre. Pronto! Peguei o celular e ali, no meio da escola, no meu bloco de notas, surgiu despretensiosamente “A Branca de Leite”. Com a história pronta, mandei na hora para algumas pessoas que adoraram a ideia do reconto do clássico Branca de Neve.

Sabe, uma história não nasce livro. Nasce só história, talvez embrião de livro, talvez nem isso. Deixei o arquivo aqui. Virou um arquivo de word em uma pasta atrevidamente chamada: “Livros”. Ficou lá dentro, junto de outras tantas histórias, guardada.

Mas Branca me incomodava. Latejava. Ela queria ganhar o mundo. Contar sua história a outras pessoas. Falar um pouco da sua alergia alimentar, da solidariedade que experimentou e também de igualdade de gênero. Mandei o texto para algumas editoras. Mas o ano não era o ano bom, nenhuma me respondeu até hoje.

Em janeiro de 2017, mostrei a história para Adriana Nunes que propôs coordenar a publicação independente pelo “C de Coisas” (http://cdecoisas.com.br/site/). Perfeito! Topei. Em seguida combinamos com a revisora e ilustradora. Um livro todo feito por mulheres.

A revisora, Ana Cristina Pontes Nóbrega, além de ótima tecnicamente, minha melhor cunhada. Invejosos dirão que só tenho uma, mas como só dava para ter uma, Deus mandou uma muito boa mesmo.

A ilustradora, Juliana Verlangieri, uma explosão de criatividade e talento. Logo nos primeiros rascunhos tive certeza que tudo ficaria incrível.

A Adriana Nunes, coordenando tudo, com muito entusiasmo.

Então o livro já era um feto, eu sentia seus movimentos. Agora parte dele gerado por outras mulheres incríveis. Alguns palpites na história, outros nas ilustrações e no projeto gráfico e de janeiro para cá foi tomando forma. E uma forma incrível.
Sim, amigos, estou grávida de “A Branca de Leite”.

Agora ele, o livro, ela “A Branca de Leite” pode nascer a qualquer momento...em breve...logo...em um lindo parto natural com essa especial equipe humanizada!

Feito grávida mostra ecografia, taí uma mostrinha da Branca! 



13 comentários:

  1. A melhor cunhada foi o que mais gostei!!! Obrigada por me deixar fazer parte dessa "gestação"!! Que venham muitos mais "filhos-livros"!!!! Sucesso! Bjs

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  2. Ansiosa pelo nascimento de mais esse filho. Amo tanto como os outros. Júlio virou da minha família, já que temos que falar com ele diariamente. A Branca também se tornará. Certeza de que será sucesso como tudo o que você põe a mão.

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    1. Obrigada, amiga!
      Obrigada por me emprestar a Juju que leu Branca antes de todo mundo! 💜

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  3. Ansiosa pelo nascimento de mais esse filho. Amo tanto como os outro. O Júlio virou da família já que temos que falar com ele diariamente. A Branca também será. Tenho certeza de que ela brilhará e será sucesso, assim como tudo o que você põe a mão. Sou sua fã.

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  4. Já quero ler "A branca de leite" mas o título do texto *assim como do livro* me parece um prenúncio.

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  5. Ainda bem que parir livros não é privilégio exclusivamente feminino. Parabéns pelo aumento da família literária, Chris. Celebre a cria. E que venham muitos outras.

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  6. Eeeeh! Já comprei o meu exemplar hj!
    Parabéns! Já estou louca pra ler! :)
    Abraços, Gisele

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