Férias Julho 2015- Parte I
O Embate
Há muito tempo Elias fala em
viajar de carro e eu reluto. Imagina! Cinco pessoas enfiadas em um carro por
horas seguidas e até dias! Estradas ruins, poucos lugares bons para parar no
caminho, enfim, nada me parecia atrativo. Por outro lado, há viagens que só
funcionam bem de carro e a que eu queria fazer era uma delas.
Uma vontade antiga: desde a primeira
edição da Festa Literária Internacional de Paraty-Flip, eu tenho muita vontade
de ir. Para Paraty não há voo comercial e, portanto, a viagem deveria ser feita
de carro.
Assim a fome e a vontade de comer
se casaram. Iríamos de carro à Paraty.
O Planejamento
Começamos o planejamento bem de
leve, pouco falávamos sobre o assunto. Um turbilhão de coisas aconteceu nos
dias que antecederam as férias, o que foi decisivo para reduzir a TPF – tensão pré-férias
– que sempre me assola. Além disso, diminuíram o planejamento e a expectativa,
que contribuiu sobremaneira para que a viagem fosse perfeita.
Sem conversas demoradas ou longos
debates sobre roteiro, hotéis e malas, a viagem foi se delineando. Tudo o mais
objetivo possível, na maioria das vezes via iMessage ou WhatsApp mesmo. Sim, mesmo
sendo casados e trabalhando no mesmo lugar, foi virtualmente mesmo.
Como a viagem até Paraty é longa,
teríamos de planejar dormidas, especialmente por conta das crianças. Decidimos
passar em Itumbiara-GO onde temos parentes e é uma cidade que, incrivelmente, é
sempre caminho! Itumbiara e Paraty por alguns dias foi só o que conseguíamos
vislumbrar. Bruno pouco se pronunciou, se limitou a verificar na faculdade se
era possível perder a última semana de aula.
Mas o tempo ia passando e
precisávamos fechar o roteiro. Foi quando, umas 2 semanas antes da viagem, eu
vesti minha super cara-de-pau e abri um tópico pedindo dicas sobre o interior
de São Paulo, caminho que faríamos para Paraty, em um grupo de alergia
alimentar (Tips4APLV), off topic hard!
Lá tive várias informações valiosas e fomos fechando nossa rota.
Pra completar, soubemos que na
semana que estaríamos ali pelo interior de São Paulo, seria gravado o segundo DVD
Acústico ao Vivo do Rosa de Saron! E agora? O que faríamos nos dias restantes?
E nos dias entre os eventos?
A ideia foi fechar em trechos
pequenos que durassem em média 5 horas de estrada e passando por cidades que
tivessem algum atrativo. Somando a providência divina e as dicas do Tips,
fechamos assim: Itumbiara-GO, Jaú-SP, Paraty-RJ, Ubatuba-SP, Campinas-SP e
Araxá-MG.
Roteiro fechado, checamos
previsão do tempo, preparamos as malas para a tão aguardada jornada! Sem
esquecer de comunicar ao banco a viagem, evitando bloqueios de cartões, revisão
do carro e passatempos pra estrada.
Em Itumbiara-GO
No sábado cedo, malas prontas e
estrada rumo a Itumbiara. Nessa cidade, moram minha tia Adair e meu Tio Josafá.
A tia nem estaria lá, estava em Vitória passando alguns dias com minha prima
Andréa. Mas o Sérgio e a Alessandra, também meus primos, nos receberiam e
também encontraríamos tio Josafá.
A cidade fica a 400 km de
Brasília, com o trecho todo duplicado. Pegamos a estrada no primeiro dia de
cobrança de pedágio. O mais legal do caminho Brasília-Itumbiara é uma
lanchonete deliciosa, o Jerivá. Comi, depois de alguns anos, coxinha e pastel
de queijo! Quaisquechoro! (Os
entendedores entenderão.) Chegamos em Itumbiara ainda para o almoço.
Como sempre, fomos recebidos com
muito carinho pelos primos. Era sétimo dia de morte do pai da Alessandra e
pudemos participar da missa com eles, o que pra nós foi muito importante.
Conhecemos a dona “mãe da prima”,
a Dona Oneide, uma pessoa inteligente, atenciosa e de humor discreto. E, ia
esquecendo, conhecemos também a Lady e a Lassie, duas cadelas bem bonitinhas,
uma legal e a outra ranzinza... Lassie deu umas latidas pro Samuel, que nem se
abalou! Quem corre de Capitu[1]
não se abala com Lassie!
Depois de um almoço muito gostoso
e um papo melhor ainda com a presença do Tio Josafá, fomos à festa junina da
cidade, o “Arraiá”, onde nas vésperas o cantor sertanejo Cristiano Araújo havia
feito seu último show. Tudo muito organizado e bacana. A festa montada na Beira
Rio com uma estrutura enorme. O lanche foi uma comida inédita pra nós, o caribó
(espécie de pastel aberto). Experimentem!
Ao lado da festa, havia um parque
de diversões desses itinerantes e, lógico, Maria pediu pra ir. Gente, foi muito
divertido! Ela foi na Montanha-russa (pequena e com cadeiras decoradas com abelhas),
tobogã, carrossel e bate-bate. Foi uma noite inesquecível! Exaustos, com os pés
cheios de poeira e alma lavada com as bochechas doendo de tanto rir, fomos pra
casa.
Segunda-feira, segunda etapa da
viagem. Caímos da cama e tomamos rumo de Jaú-SP.
Em Jaú-SP
E onde é Jaú? Fazer o que em Jaú?
Jaú apareceu no roteiro depois das dicas do Tips, aquele grupo de alergia do
Facebook com a preciosa informação: bom lugar pra comprar sapatos!
A estrada de 589km entre
Itumbiara e Jaú tem trechos bem bonitos e foi tudo muito tranquilo. Elias muito
feliz por estar na estrada dirigindo e eu também feliz. Feliz por estar
correndo tudo bem, por ter visitado nossos primos amados e por ele estar tão
feliz.
Chegamos por volta de 3 da tarde,
fizemos check in no hotel Realce e
seguimos pro shopping especializado em sapatos. O shopping tem muitas lojas de
sapatos femininos a preços bem acessíveis. Não são sapatos de grife, mas tem
coisa boa e barata. Valeu muito a pena. Preciso dizer que fiz a festa? Como
antes de ir eu já sabia do shopping, fiz uma lista do que realmente precisava e
queria, assim, não me perdi nas várias vitrines e não gastei além do programado.
Pras crianças foi chato e pra nós
cansativo, porque tínhamos de administrar a impaciência deles. Querer que uma criança
de 7 anos e uma de 2 fiquem horas em um shopping sem se aborrecer não dá, né?
Ainda mais crianças que não tem o hábito de frequentar shoppings, a não ser pro
cinema.
Pra amenizar a chatice do dia, arriscamos
ir ao cinema pela primeira vez com Samuel. Fomos assistir Divertida Mente. Foi
muito legal! Ele comeu a pipoca e assistiu ao filme inteiro! E o filme? Ah!
Incrível! Todos curtimos muito, especialmente Maria Elisa.
Segundo dia de Jaú a meta era terminar
a compra de sapatos, jeans em um outlet da Zoomp e cinema de novo. Dessa vez os
Minions. Não recomendo. De fato, o filme rendeu algumas risadas, mas nada
demais. Samuel dessa vez não ficou quieto, Elias teve de sair da sala com ele.
Chegamos e encaramos o primeiro
desafio: fazer caber nas malas as compras.
O Hotel foi bacana, dentro do
esperado. Atendimento bom, bem localizado e confortável. A crítica foi só a
porta do banheiro que não fechava direito, era sanfonada de plástico e não
prendia.
Na quarta-feira, café da manhã e
pé na estrada! Rumo ao destino principal: Paraty! Ah que delícia...
Mas essa história, conto daqui a pouco
em outro post.
[1] A pastora branca do Bruno
Nenhum comentário:
Postar um comentário